
Ao lê o texto do autor anônimo no pôster acima, meu coração ❤ foi transbordado por duas sensações antagônicas, ambíguas. A primeira, orgulho. A segunda, frustração.
Orgulho, porque o autor atesta a importância do professor na sociedade. Nós trabalhamos, lapidamos, formamos e habilitamos a principal matéria prima responsável pela construção de um país: o Homo Sapiens. A educação é o alicerce, a base de sustentação da sociedade. Um país só alcançará desenvolvimento tecnológico de ponta, só terá uma nação ética, com oportunidades iguais, respeito as diferenças étnicas, culturais, de gênero, se a prioridade for a formação acadêmica de cada indivíduo. Sinto-me, como professor, extremamente orgulhoso por ser a principal peça dessa engrenagem.
Frustração, porque não estamos conseguindo cumprir o pedido do autor do texto aqui no Brasil. Não somos valorizados pelo Estado, pelos pais e principalmente pelos alunos. Estamos abandonados, não encontramos um ambiente e uma estrutura adequada para cumprirmos a função de ensinar a pensar, educar, formar cidadãos críticos, independentes, evoluídos e capazes de exercerem sua cidadania.
Como trabalhar, conviver com uma matéria prima que não quer ser lapidada, esculpida e moldada. A maioria dos alunos estão entrando nas escolas e saindo do mesmo jeito. Basta olharmos o contexto social a nossa volta e do país.
Estamos adoecendo, nos sentindo incapazes, sem perspectiva de mudanças. A luz no fim do túnel está apagando.
Desculpe pelo desabafo, pelo pessimismo, pela falta de perspectiva. Foi apenas meu arauto chamado coração expelindo seus sentimentos.
SANDRO LUCAS
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