Pular para o conteúdo principal

ANTROPOFAGIA TUPINAMBÁ

                                Imagem relacionada                                               
Para os povos que praticavam o ritual da antropofagia, aquele que se alimenta da carne do inimigo incorpora sua coragem. A atitude do índio diante da morte o torna digno de ser sacrificado. Honra essa, só reservada aos guerreiro.

Os Tupinambás habitavam o litoral desde o Pará até São Paulo. Aliaram-se aos franceses que navegavam pela costa para guerrear contra os portugueses. Nas lutas os Tupinambás transformavam em iguarias os índios e brancos que capturavam. Para os nativos ser comido era um honra reservada a guerreiros. aos olhos do europeu, nada poderia ser tão diabólico.


COMO OS ÍNDIOS PREPARAVAM SUA REFEIÇÃO PRINCIPAL


1)- O INGREDIENTE: 
Ao chegar a aldeia, o prisioneiro tinha que se apresentar dizendo: "Aqui chegou sua comida". As mulheres raspavam sua sobrancelhas e dançavam de alegria. Depois o cativo podia passar meses vivo. Na véspera do sacrifício, várias aldeias se reuniam para beber o cauim, um drinque de milho e mandioca fermentados.


2)- AQUECIMENTO: Pintavam a testa do prisioneiro e o amarravam pela cintura com uma corda. O carrasco soltava uma provocação: "Quero matar você, pois sua gente matou e comeu meus amigos". Se fosse um índio, a vítima ficaria honrada e devolveria assim: "Meus amigos me vingarão"


3)- MODO DE PREPARO: O carrasco pulava atrás do cativo com a ibirapema (um tacape) e dava com ela na cabeça do preso. Os seus miolos saltam para fora. Executavam a vítima como se mata um porco: a porretadas.

4)- AMACIANDO A CARNE: 
As mulheres arrastavam o corpo sem vida para uma fogueira, onde raspam toda a pele do cadáver até que o tecido fique completamente branco. Depois tapam o ânus do morto com um pau, para que nenhuma porção da comida saía por ali.


5)- A ORIGEM DO "MINGAU" Um homem corta as pernas e os braços do morto e os distribui entre as mulheres. Rasga o tronco da nuca ao cóccix para retirar as vísceras, que são fervidas até formarem um caldo que tinha um nome comum hoje: mingau. Partes moles (a língua e o cérebro) ficavam com as crianças.


6)- HOMENAGEM AO CARRASCO: 
O ritual se encerrava com uma "honra ao mérito": o carrasco ganhava novo nome e recebia uma cicatriz pelo cacique com dente de um animal selvagem. Recebia também uma pulseira feita com os lábios do sacrificado.

A antropofagia era um ato cultural dos aborígenes. Não era um ritual diabólico como descreveu os europeus. Esta era uma visão eurocêntrica com base na falta de compreensão do europeu em relação a cultura aborígene. Com a aculturação dos índios esses rituais foram desaparecendo.


SANDRO LUCAS

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PÊNIS QUE ENTRARAM PARA HISTÓRIA

                                       RASPUTIN-O KID BENGALA RUSSO. Entre os pênis que entram para história, o de Rasputin é um dos que mais oo chama atenção. Além da preponderância do orgão genital, era um verdadeiro pegador. Mas seu desejo por mulheres o trairia. Ele foi convidado pelo príncipe Felix a conhecer sua mulher Irina, a bela sobrinha do czar, e caiu numa armadilha. Foi envenenado, esfaqueado e jogado nas águas geladas do rio Neva. Seu pênis foi cortado e guardado por um serviçal. CARLOS MAGNO-REI FRANCO O rei que uniu a Europa Ocidental sob o cristianismo era um homem alto, forte e aparentemente saudável. Mas tinha o pênis danificado por uma irritação na bexiga, que dificultava a prática do sexo e o obrigava a correr para o penico várias vezes por noite. Coitado!  Como rei, podia traçar todas as donzelas, mas... . AFOTO ACIMA, MOS NAPOLEÃO BONAPARTE-IMPERADOR DA FRANÇA-FOTO O SEU PÊNIS. Seu pênis foi cortado pelo padre Vignali na Ilha de Elb

CONHEÇO O MEU LUGAR: INTERPRETAÇÃO, PARTE I, DA BELA MÚSICA DO POETA BELCHIOR.

CONHEÇO O MEU LUGAR, OBRA PRIMA DO NOSSO GENIAL E ETERNO CANTOR E POETA. A MÚSICA ABORDA A DISCRIMINAÇÃO DO NORDESTINO E O PERÍODO MILITAR. NESTA POSTAGEM VOU TRANSCREVER DUAS PASSAGENS DA MÚSICA QUE BELCHIOR FALA DA DISCRIMINAÇÃO E DO ORGULHO DE SER NORDESTINO. " O QUE EU POSSO FAZER UM SIMPLES CANTADOR DAS COISAS DO PORÃO? DEUS FEZ OS CÃES DA RUA PARA MORDER VOCÊS QUE SOB A LUZ DA LUA OS TRATAM COMO GENTE - É CLARO! - AOS PONTAPÉS". Nessa passagem Belchior deixa bem claro o tratamento ao chegar no Sudeste e as dificuldades que enfrentou, mesmo com grande talento, para conseguir seu espaço no meio artístico. Ele fala que por não ser uma pessoa conhecida, "Um simples cantador das coisas do porão" , ou por ser simplesmente mais um jovem nordestino, é discriminado, tratado com desprezo, como se fosse "cães de rua", "aos pontapés" "NÃO! VOCÊ NÃO ME IMPEDIU DE SER FELIZ! NUNCA JAMAIS BATEU A PORTA EM MEU NARIZ

MISÉRIA, FOME, UMA VISÃO CRÍTICA

"Não se mede a miséria de um país pela pobreza do povo, mas sim pela riqueza dos governantes. Quanto mais ricos no poder, mais miseráveis a margem da sociedade. O que mata a fome do povo é comida e o que alimenta os ricos é a ignorância do povo." (A. Shakti) O celeiro está cheio, abarrotado, alimentando os donos do poder, perpetuando-os na ilha dos privilégios... O alimento contra a ignorância é o conhecimento, a informação, a consciência crítica, o bem comum sobrepondo ao individualismo. Só assim, vamos esvaziar o celeiro dos "barrigas cheias" , abrindo caminho para alimentar os "pés no chão" , fazendo-os cidadãos, trazendo dignidade a nação . Levanta-te!! O opressor só é grande, poderoso, por causa da sua ignorância e submissão. "Não é a pornografia que é obscena . É a fome que é obscena ." (Saramago) O retrato social do Brasil, independente do tempo história, cronológico, é obsceno . A indigência na calçada é imoral! A fome é imoral! A e