"Só estou interessado na Líbia se nós ficarmos com o petróleo. Se não, não tenho interesse". (Trump)
No governo Lula diminuiu-se a dependência em relação aos Estados Unidos e aumentou o leque do comércio externo. A China tornou-se o nosso principal parceiro comercial e expandiu nossas relações comerciais com países africanos. Tanto que as relações entre Brasil e Estados Unidos estremeceram-se. Com o golpe voltamos a bajular os E.U.A.
Quero externar meu sentimento de cólera ao Donald Trump através do artigo do jornalista Fernando Brito.
"Dos ‘países de merda." Em reunião com deputados norte-americanos, Donald Trump reclamou do interesse dos parlamentares com os direitos dos imigrantes do “shitholes countries“, os “países de merda”. Mr. Trump não nos citou, mas andamos no mesmo patamar que o Haiti e os países africanos que Trump teria citado, segundo o The Washington Post, mas o pensamento de uma parte da classe média brasileira, que louva o fato de ganhar mais limpando privadas – nada contra, alguém tem de fazê-lo – nos EUA é mais “rentável”. Por reciprocidade, gostaríamos que nós, os dos “países de merda”, não tivéssemos de receber aqui os Estados Unidos.
Que os norte-americanos nos devolvessem o pedaço da Petrobras que FHC lhes vendeu e os campos de petróleo que Temer entregou à Exxon Mobil.
Que a Boeing deixasse a Embraer seguir a caminhada vitoriosa que teve.
Que parassem de ganhar dinheiro no Brasil, milhões de vezes mais do que os pobres coitados do Brasil vão ganhar entregando pizzas e vendendo eletrônicos em Miami.
Deixe apenas que façamos comércio justo, comprando o que não podemos fazer aqui – e não é muito – e vendendo o que vocês não podem ou não querem fazer aí, que é muito, até porque, por mais baratas, vocês exportam suas linhas de produção para os “países de merda”. O senhor reclama do fato de que não tem imigrantes noruegueses, esta gente boa, capaz e loura.
Talvez seja porque lá, quando encontraram uma riqueza semelhante ao nosso pré-sal, eles ficaram com ela e a transformaram em alavanca do desenvolvimento: educação, bem-estar social, parque industrial. Em felicidade, numa palavra, a única porta que fecha a emigração.
Deixe-nos em paz, Mr. Trump, deixe em paz os “shithole countries” e logo eles serão países em ascensão, socialmente mais justos , economicamente mais fortes e muito menos propensos a mandar para aí imigrantes ávidos por fortuna.
Ah, a propósito: deste país de merda vêm US$ 250 bilhões do dinheiro que irriga a enorme dívida pública dos EUA. Dinheiro pelo qual nos pagam cinco ou seis vezes menos do que ganham investindo aqui.
Vamos convidá-lo a vir aqui. Venha à merda, Mr. Trump. (Fernando Brito)
Que os norte-americanos nos devolvessem o pedaço da Petrobras que FHC lhes vendeu e os campos de petróleo que Temer entregou à Exxon Mobil.
Que a Boeing deixasse a Embraer seguir a caminhada vitoriosa que teve.
Que parassem de ganhar dinheiro no Brasil, milhões de vezes mais do que os pobres coitados do Brasil vão ganhar entregando pizzas e vendendo eletrônicos em Miami.
Deixe apenas que façamos comércio justo, comprando o que não podemos fazer aqui – e não é muito – e vendendo o que vocês não podem ou não querem fazer aí, que é muito, até porque, por mais baratas, vocês exportam suas linhas de produção para os “países de merda”. O senhor reclama do fato de que não tem imigrantes noruegueses, esta gente boa, capaz e loura.
Talvez seja porque lá, quando encontraram uma riqueza semelhante ao nosso pré-sal, eles ficaram com ela e a transformaram em alavanca do desenvolvimento: educação, bem-estar social, parque industrial. Em felicidade, numa palavra, a única porta que fecha a emigração.
Deixe-nos em paz, Mr. Trump, deixe em paz os “shithole countries” e logo eles serão países em ascensão, socialmente mais justos , economicamente mais fortes e muito menos propensos a mandar para aí imigrantes ávidos por fortuna.
Ah, a propósito: deste país de merda vêm US$ 250 bilhões do dinheiro que irriga a enorme dívida pública dos EUA. Dinheiro pelo qual nos pagam cinco ou seis vezes menos do que ganham investindo aqui.
Vamos convidá-lo a vir aqui. Venha à merda, Mr. Trump. (Fernando Brito)
Grande ídolo da classe média brasileira.
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