SE JESUS VOLTASSE INCÓGNITO SERIA TAXADO DE SUBVERSIVO
Hoje, arqueólogos, historiadores através dos resquícios históricos tem plena certeza da passagem do Jesus história pela terra. Até o próprio Albert Einstein um dos maiores gênios da historia tinha certeza. E o Jesus divino? Fica para outra postagem.
As Igrejas ditas cristãs, na verdade, não são fiéis e se distanciaram das ideias de Jesus. Além disso, passam uma imagem de um Jesus pacifista ao extremo, contrapondo ao Jesus histórico, como se vivesse alienado, alheio aos problemas, como se não estivesse inserido no contexto político e social da época. Se você referir a Jesus como revolucionário é perigoso passar pelo Tribunal da Inquisição.
Ao estudar e analisar suas ações e seus ensinamentos cheguei a conclusão que Jesus era um zelota, um revolucionário, tanto que foi condenado a morrer na cruz, pena decretada apenas pelo crime de sedição e subversão. Inteligentemente através de parábolas contestou a dominação de Roma sobre a Palestina. Quando foi questionado em sua passagem por Jerusalém proferiu a seguinte fala: "Dá César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Quando ele diz, dá César o que é de César refere-se a moeda com rosto do imperador entalhado. Quando diz, dá a Deus o que é de Deus refere-se a palestina que pertence aos Judeus e deveria ser devolvida.
Além de questionar o poder político de Roma, Jesus também foi revolucionário ao proferir que todos são iguais independente da posição hierárquica e material, ao dá ênfase a distribuição de riquezas e não doação de esmolas, ao tratar as mulheres com igualdade. Podemos pegar Maria Madalena como exemplo. Era próxima de Jesus e tinha uma posição de liderança perante os apóstolos, numa época em que a mulher era insignificante perante a sociedade. Jesus também deu atenção especial aos excluídos e marginalizados, tanto que bateu de frente com os sacerdotes do templo judaico questionando seus privilégios e a exploração do povo através da fé.
Jesus foi revolucionário sim. Não com armaduras e espada na mão, mas com as palavras. Questionou o Império Romano, os privilégios dos sacerdotes judaicos e apresentou uma nova visão de Deus. Tanto que recebeu a sentença destinada aos subversivos.
Tenho certeza, se Jesus voltasse sem se identificar e com a mesma pregação e comportamento seria taxado não só de subversivo, mas também com alguns termos imbecis sem fundamentos que estão na moda: comunista, anarquista, esquerdopata e seria condenado pela elite e pela classe média moralista que se intitula cristã.
SANDRO LUCAS
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