
Se analisarmos a história da Igreja Católica notaremos um comportamento paradoxal. O adágio popular, faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço, adequá-se a história dessa Instituição. Vou alicerçar minha argumentação sobre o assunto usando como base os sete pecados capitais instituído no século VI pelo papa Gregório I. A lista passou a fazer parte da doutrina católica.
Dentre os sete pecados que deveriam e devem ser seguidos pelos fiéis, é possível identificar seis inseridos na história da Igreja. vejamos:
AVAREZA: nós podemos citar a ganância por riquezas e a venda de indulgências. Mas o maior exemplo de avareza é a Doação de Constantino, forjada por volta do ano 800. Falsificando um decreto do imperador romano, que vivera 500 anos antes, o falso documento doava toda Europa Ocidental a Igreja. Até o fim da Idade Média, muita gente acreditou na farsa.
LUXURIA: a Igreja criou o celibato e os papas tornaram-se os grandes defensores do "castramento" na Instituição. Isso não impediu que os pontífices promovessem orgias sexuais. No século XVI, o papa Alexandre VI teve pelo menos nove filhos com três mulheres e exibia publicamente a amante Giulia "A Bela".
GULA: muitos papas são conhecidos por gostarem da boa mesa e do bom vinho. Enquanto grande parte da população perecia com a fome, era comum papas protagonizarem grandes banquetes. Em 1471, Paulo II morreu logo após devorar dois grandes melões sozinho, há suspeita de que tenha sido envenenado.
INVEJA: a busca pelo cargo máximo da Igreja, levou alguns pontífices serem acusados de ter mandado executar seus antecessores. O caso mais marcante é o de Bonifácio VII que em 974 estrangulou Bento VI para assumir seu lugar.
SOBERBA: em 1870, o Concílio Vaticano I declarou que o papa seria infalível em questões de ética e fé. Ao propagar sobre esses dois temas, ele jamais erraria. Essa doutrina contribuiu para o prestígio da Igreja e do papa. A partir daí, a liturgia católica passou atribuir prerrogativas divinas a seu líder mor.
IRA: a história da Igreja Católica é banhada de sangue. Podemos citar a inquisição e as cruzadas. A inquisição torturou e executou os chamados hereges, que não foram poucos. Durante as cruzadas cidades foram destruídas, populações foram dizimadas e até atos de canibalismo foram praticados pelos cristãos católicos. Os papas não só declaravam guerras como partiam pessoalmente para a briga. O papa Júlio II, que chegou a bater até em seus aliados, certa vez, espancou cardeais que não quiseram segui-lo numa cavalgada pela neve.
Vocês devem ter notado que não foi citado o pecado capital da preguiça. Esse foi respeitado pela Igreja e seus grandes líderes. Os papas trabalharam incansavelmente pela manipulação e controle da sociedade. Além disso, lutaram ferozmente pela expansão da fé, conquista de territórios e outros bens materiais. Para disfarçar, paralelamente, praticavam caridade.
Descrevi as contradições da Igreja Católica usando os pecados capitais aleatoriamente.

Desculpe-me se vou ofender alguém, mas tinha que terminar abordando o tema da ilustração acima. Não entendo como a Igreja propaga com veemência sua posição contrária ao casamento gay e coloca uma viseira nos olhos em relação aos casos de pedofilia dentro da instituição, sendo na maioria das vezes complacente com os cleros abusadores.
☠️☠️SANDRO LUCAS☠️☠️
Esta é a mensagem do Papa Francisco para quem o chama de herege
ResponderExcluirPor Prof. Felipe Aquino 16 de Fevereiro de 2018 Notícias, Palavras do Papa, Papa e Santa Sé
O site ACI Digital informou (16/02/2018) que em seu encontro com os jesuítas no Chile em janeiro, o Papa Francisco explicou como ele reage aos comentários das pessoas que, por alguma razão, o chamam de herege.
Durante a reunião informal, um sacerdote da província jesuíta da Argentina e do Uruguai perguntou a Francisco sobre as resistências que encontrou durante seu pontificado.
O Santo Padre assinalou que quando as percebe, “tento dialogar, quando o diálogo é possível; mas algumas resistências vêm de pessoas que acreditam que têm a verdadeira doutrina e te acusam de ser herege”.
“Quando nessas pessoas, pelo que dizem ou escrevem, não encontro bondade espiritual, simplesmente rezo por elas. Sinto desconforto, mas não me fixo nesse sentimento por uma questão de saúde mental”, acrescentou.
Durante suas viagens apostólicas ao Chile e ao Peru realizadas entre os dias 15 e 21 de janeiro, o Pontífice se encontrou com membros da Companhia de Jesus em ambos os países.
Estes diálogos foram publicados na quinta-feira, 15 de fevereiro, pela revista jesuíta italiana ‘La Civiltá Cattolica’, cujos artigos são revisados ??pela Secretaria de Estado do Vaticano.
O encontro com os jesuítas no Chile aconteceu em 16 de janeiro, no Santuário de Santo Alberto Hurtado.
Durante a conversa informal, o Santo Padre também disse que “quando percebo que há uma verdadeira resistência, eu a sofro. Alguns me dizem que é normal que haja resistência quando alguém quer fazer mudanças”, pois “é uma grande tentação que todos nós vivemos”.
“Não posso negar que existem. Eu as vejo e as conheço”, indicou.
Francisco se referiu “às resistências doutrinárias, que vocês conhecem melhor do que eu. Pela minha saúde mental, eu não leio os sites dessa chamada ‘resistência’”.
“Eu sei quem eles são, conheço os grupos, mas não os leio, simplesmente, por causa da minha saúde mental. Se há algo muito sério, sou informado para que tenha conhecimento. Vocês os conhecem… É desagradável, mas temos de seguir em frente”, sublinhou o Pontífice.
Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/esta-e-a-mensagem-do-papa-francisco-para-quem-o-chama-de-herege-47971/
Para mim, não existe herege. A palavra herege é fruto da intolerância religiosa.
ExcluirGosto do papa Francisco. Ele está sendo contestado e sofrendo pressão dentro da própria Igreja pela hierarquia que muito conservadora e é avessa a mudanças. Isso é um bom sinal. Prova que Francisco que renovar a igreja.