
GENOCÍDIO EM RUANDA-FATO QUE NÃO DEVE SER ESQUECIDO.
Durantes séculos, os hutus e os tutsis de Ruanda compartilharam a mesma cultura, o mesmo idioma e a mesma religião. Em 1916, a Bélgica tirou da Alemanha o controle de Ruanda e instalou um rígido sistema colonial de classificação e exploração racial. Ao colocar tutsis em posição superior aos hutus provocou profundo rancor entre os hutus.
Em 1959, os belgas entregaram o controle de Ruanda aos hutus. Com a independência vieram décadas de segregação e massacre contra os tutsis. Centenas de milhares de tutsis e hutus moderados foram obrigados a exilar-se.
Em 1988, refugiados iniciaram um movimento rebelde chamado Frente Patriótica Ruandesa (FPR) para reivindicar sua terra natal. Em 1990, de sua base em Uganda a FPR iniciou um ataque contra o regime hutu que foi controlado com apoio militar francês e belga.
Um ciclo de guerra e massacre continuou até 1993, quando a ONU negociou um acordo de divisão de poder entre hutus e tutsis. Para proteger seu poder, extremistas hutus resistiram à implantação do acordo e tramaram um dos mais horríveis genocídios da nossa História.
Embora os tutsis fossem apenas cerca de 14% da população de Ruanda e os hutus quase 90%, os belgasderam aos tutsis todas as posições de liderança. Isto perturbou os hutus. Quando Ruanda lutou pela independência da Bélgica, os belgas trocaram o status dos dois grupos. Diante de uma revolução instigada pelos hutus, os belgas lhe concederam o comando do novo governo. Isto perturbou os tutsis. A animosidade entre os dois grupos continuou durante décadas.
Em 06 de abril de 1994 os hutus começaram o massacre contra os tutsis. A comunidade internacional ficou de braços cruzados enquanto dezenas de milhares de vidas eram ceifadas. Com duração de 100 dias, o genocídio ruandês matou cerca de 800 mil tutsis e simpatizantes.
O facão simboliza a violência extrema, a brutalidade e as atrocidades de uma massacre sem precedentes que provocou a morte de quase um milhão de pessoas em apenas três meses. Atos que esfacelaram as famílias e o próprio país.
EPÍLOGO
Após a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, a ONU adotou uma resolução em 9 de Dezembro de 1948 estabelecendo que “As Partes Contratantes confirmam que o genocídio, quer cometido em tempo de paz ou em tempo de guerra, é um crime sob a lei internacional que se comprometem a prevenir e a punir“. Claramente, os massacres em Ruanda constituem genocídio. Então, por que o mundo não interveio para parar com isso?
"Milhares de pessoas se reúnem buscando refúgio em igrejas, em hospitais e escolas. Quando velhos, doentes, mulheres e crianças eram encontrados, eles eram mortos porque eram tutsis ou que tinham matado hutus, porque protegiam tutsis, porque apoiavam uma política cujo o objetivo era eliminar pessoas que, um dia antes e anos antes, eram amigas e vizinhas delas. É importante que saibamos que essas mortes não foram espontâneas, nem acidentais. Isso não é um fenômeno africano e nunca deve ser visto como tal. Já vimos isso na Europa industrializada, já vimos isso na Ásia. Devemos praticar a vigilância global". (Pronunciamento de Bill Clinton).
A Casa Branca sabia. Os EUA sabiam exatamente o que ia acontecer 16 dias antes do genocícdio, mas tomaram a decisão consciente de não envolverem-se. Lógico, Ruanda não tinha valor para os interesses geopolíticos e econômicos para os americanos. "Se nos envolvermos em qualquer um dos conflitos étnicos do mundo", disse Clinton, justificando a sua decisão, "deve depender dos interesses americanos em jogo".
A Casa Branca sabia. Os EUA sabiam exatamente o que ia acontecer 16 dias antes do genocícdio, mas tomaram a decisão consciente de não envolverem-se. Lógico, Ruanda não tinha valor para os interesses geopolíticos e econômicos para os americanos. "Se nos envolvermos em qualquer um dos conflitos étnicos do mundo", disse Clinton, justificando a sua decisão, "deve depender dos interesses americanos em jogo".
"NO FIM, NÓS NOS LEMBRAREMOS NÃO DAS PALAVRAS DO INIMIGO, MAS SIM, DO SILÊNCIO DOS AMIGOS". MARTIN LUTHER KING
IMAGENS CHOCANTES DO GENOCÍDIO EM RUANDA.
Garoto cobre o rosto para se proteger do cheiro de cadáveres em local de massacre em Ruanda, em fotografia de 19 de julho de 1994.
Menina ruandense observa cova coletiva com dezenas de corpos de vítimas do genocídio, em fotografia de 20 de julho de 1994.
Corpos espalhados em estrada na capital de Ruanda, Kigali, em fotografia de 22 de maio de 1994.
Bebê fica junto a sua mãe ao lado de corpos que serão enterrados em uma cova coletiva próximo ao campo de refugiados de Munigi, onde milhares de pessoas morreram devido ao cólera e à desidratação.
Criança chora em campo de refugiados em Ruhango, a cerca de 50 km da capital de Ruanda, em fotografia de 6 de junho de 1994.
Crânios e ossos de vítimas de massacre na província de Nyamata são exibidos em memorial na Igreja Ntarama, em fotografia de 27 de fevereiro de 2004. Cerca de 50 mil dos 59 mil tutsis que viviam na província foram mortos durante o genocídio.
Vinte quatro anos depois do genocídio em Ruanda ainda vivenciamos massares em algumas regiões do mundo, como na Nigéria, Síria, Iraque. Por que não mudamos com os exemplos do passado? Por que continuamos matando nosso semelhante?
☠️☠️SANDRO LUCAS☠️☠️Vinte quatro anos depois do genocídio em Ruanda ainda vivenciamos massares em algumas regiões do mundo, como na Nigéria, Síria, Iraque. Por que não mudamos com os exemplos do passado? Por que continuamos matando nosso semelhante?
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