Pular para o conteúdo principal

INDEPENDÊNCIA OU MORTE: A VERDADE POR TRÁS DO QUADRO.

INDEPENDÊNCIA OU MORTE, ÓLEO SOBRE TELA DE PEDRO AMÉRICO.

Foi a Família Real que encomendou a obra. O objetivo é ilustrar a glória e a nobreza de uma nação que havia recém-conquistada sua sua independência e o ato heroico de seu libertador, D.Pedro.

A cena praticamente não tem a ver com a versão real. Confira a seguir a veracidade do dia da independência retratado na obra.
O GRITO

Após arrancar a braçadeira com as cores de Portugal e instar sua guarda a fazer o mesmo, dom Pedro declarou guerra à metrópole. Não há outra forma de interpretar algo tão dramático quanto “independência ou morte”. E guerra haveria: os combates estenderiam-se1por mais de dois anos e custariam até 3 mil vidas.

CAVALO

O cavalo é certamente uma licença artística compreensível. Ainda que não seja explícito nas fontes, o caminho do litoral para São Paulo era feito em mulas, que tinham resistência para aguentar a subida. Ao imaginar a cena banal como um quadro militar, Pedro Américo pôs o imperador numa montaria de batalha.

CENA RURAL

Os limites urbanos de São Paulo estavam longe de chegar ao Ipiranga em 1822. A cidade era a capital da província, mas era minúscula e desimportante. Seria a visita do futuro imperador que começaria a mudar isso. Porque a cidade foi palco da Independência que dom Pedro promoveria-a a “cidade imperial” e faria a primeira faculdade de direito do Brasil ali, em 1827. Durante todo o século 19, a elite brasileira se formaria em São Paulo.

COMITIVA

Havia no máximo 14 homens na Guarda de Honra do imperador, e certamente eles não estavam usando os uniformes de gala da pintura, nem, se estivessem, pareceriam tão bem após dias subindo a serra, em meio a lama e mato. O movimento e o pó subindo de seus cascos também são artificiais, como se os animais estivessem agitados, em plena batalha.

CASINHA
O pintor localizou a cena em frente a uma casinha rural – e tal casinha existia ao lado do terreno onde se estava construindo o Museu Paulista. A dita “Casa do Grito” existe ainda hoje. Mas, numa ironia histórica, foi reformada para parecer com a do quadro. Provavelmente não estava lá no dia do grito: o documento mais recente dela data de 1884, época da construção do museu.
O RIO
É fácil deixar passar o próprio Rio Ipiranga esquecido na parte mais baixa do quadro. Isso porque não é algo que daria para romantizar: ele era um mero córrego, com uma “margem plácida” a centímetros da outra. Hoje é um pouco mais largo, mas por um péssimo motivo: o volume extra vem do esgoto jogado nele.
INDEPENDÊNCIA OU MORTE É UMA OBRA ACADÊMICA (CLÁSSICA), MOTIVO PELO QUAL, ESTÁ REPLETA DE LICENÇAS POÉTICAS, ROMANTISMO. PEDRO AMÉRICO TRANSFORMOU UMA CENA HISTÓRICA SIMPLES E FEIA NUM ÉPICO DE BATALHA.

"A ARTE É A MENTIRA QUE NOS PERMITE CONHECER A VERDADE". (PABLO PICASSO)

ATRAVÉS DE SUA OBRA ÉPICA, PEDRO AMÉRICO PERMITIU-NOS IR ALÉM, TORNANDO POSSÍVEL CONHECER A VERDADE HISTÓRICA POR TRÁS DA OBRA.

☠️☠️☠️SANDRO LUCAS☠️☠️☠️

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PÊNIS QUE ENTRARAM PARA HISTÓRIA

                                       RASPUTIN-O KID BENGALA RUSSO. Entre os pênis que entram para história, o de Rasputin é um dos que mais oo chama atenção. Além da preponderância do orgão genital, era um verdadeiro pegador. Mas seu desejo por mulheres o trairia. Ele foi convidado pelo príncipe Felix a conhecer sua mulher Irina, a bela sobrinha do czar, e caiu numa armadilha. Foi envenenado, esfaqueado e jogado nas águas geladas do rio Neva. Seu pênis foi cortado e guardado por um serviçal. CARLOS MAGNO-REI FRANCO O rei que uniu a Europa Ocidental sob o cristianismo era um homem alto, forte e aparentemente saudável. Mas tinha o pênis danificado por uma irritação na bexiga, que dificultava a prática do sexo e o obrigava a correr para o penico várias vezes por noite. Coitado!  Como rei, podia traçar todas as donzelas, mas... . AFOTO ACIMA, MOS NAPOLEÃO BONAP...

CONHEÇO O MEU LUGAR: INTERPRETAÇÃO, PARTE I, DA BELA MÚSICA DO POETA BELCHIOR.

CONHEÇO O MEU LUGAR, OBRA PRIMA DO NOSSO GENIAL E ETERNO CANTOR E POETA. A MÚSICA ABORDA A DISCRIMINAÇÃO DO NORDESTINO E O PERÍODO MILITAR. NESTA POSTAGEM VOU TRANSCREVER DUAS PASSAGENS DA MÚSICA QUE BELCHIOR FALA DA DISCRIMINAÇÃO E DO ORGULHO DE SER NORDESTINO. " O QUE EU POSSO FAZER UM SIMPLES CANTADOR DAS COISAS DO PORÃO? DEUS FEZ OS CÃES DA RUA PARA MORDER VOCÊS QUE SOB A LUZ DA LUA OS TRATAM COMO GENTE - É CLARO! - AOS PONTAPÉS". Nessa passagem Belchior deixa bem claro o tratamento ao chegar no Sudeste e as dificuldades que enfrentou, mesmo com grande talento, para conseguir seu espaço no meio artístico. Ele fala que por não ser uma pessoa conhecida, "Um simples cantador das coisas do porão" , ou por ser simplesmente mais um jovem nordestino, é discriminado, tratado com desprezo, como se fosse "cães de rua", "aos pontapés" "NÃO! VOCÊ NÃO ME IMPEDIU DE SER FELIZ! NUNCA JAMAIS BATEU A PORTA EM MEU NARIZ...

POR QUE O AMANTE É CHAMADO DE RICARDÃO E O MARIDO TRAÍDO DE CORNO E CHIFRUDO?

                                            PIADA-RICARDÃO E O MARIDO INOCENTE Ao chegar mais cedo em casa, o marido encontrou a mulher nua na cama respirando ofegante. Perguntou preocupado: - O que foi querida? Não está bem? - Acho que é um ataque do coração... - Respondeu ela. Ao ouvir isso, o marido correu feito louco ao telefone para chamar o médico. Enquanto tentava discar, o filho chegou perto dele e avisou: - Pai, tem um homem pelado no banheiro. O marido foi até lá, abriu a porta e deu de cara com o melhor amigo. Ficou indignado: - Pelo amor de Deus, Ricardo. A minha mulher está enfartando, coitadinha, e tu aí a assustar as crianças!!!                                             ORIGEM DO NOME "RICARDÃO" Originou-se de um personagem de "Primo Ric...