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Na África do Sul, futebol e política andam de mãos dadas. Em um país onde a cor da pele determinava a escola, o transporte, o atendimento no comércio e até o uso do banheiro, no futebol não seria diferente. Saiba como o esporte mais popular do mundo explica décadas de segregação racial na maior potência africana
Na África do Sul, futebol e política andam de mãos dadas. Em um país onde a cor da pele determinava a escola, o transporte, o atendimento no comércio e até o uso do banheiro, no futebol não seria diferente. Saiba como o esporte mais popular do mundo explica décadas de segregação racial na maior potência africana
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SÉCULO XIX-XX (ANOS 40 E 50)
O APARTHEID iniciou oficialmente em 1948, mas desde o século XIX vinham sendo criadas ligas de futebol exclusivas para brancos e negros. As ligas separadas desenvolveram-se de forma desigual: a liga dos negros, apesar das condições sociais, tinham seus estádios abarrotados e exportava jogadores. A liga dos brancos não fazia o mesmo sucesso, na verdade, eles curtem mesmo é o rúgbi.
Os negros, mesmo melhores dentro de campo, eram atletas de segunda classe.
A África do Sul era representada na FIFA pelos bancos. Só eles eram convocados para a seleção nacional.
Nesse período, começou a exportação de craques negros para Europa.
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SÉCULO XX-ANOS 60 E 70
Em 1956, por pressão da FIFA, a cláusula que impedia a convocação de negros foi excluída, mesmo assim, eles continuaram de fora.
A Confederação dos brancos conseguiu protelar e enrolar a FIFA por um tempo, mas foi suspensa pela entidade em 1961.
Nem assim, a questão racial alterou-se. Quando foi barrada nas Olimpíadas em 1970, o país cedeu timidamente: brancos e negros jogaram juntos, não no mesmo time, mas em times diferentes. Fato que não convenceu a FIFA, que expulsou o pais em 1976. Com isso, a África do Sul foi proibida de participar de competições internacionais até 1992.
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SÉCULO XX- ANOS 80 E 90
Período de mudanças. Em 1984, Desmond Tutu, arcebispo sul africano, ganhou o Nobel da Paz por combater o apartheid; em 1990, Nelson Mandela, principal líder da luta contra o racismo foi libertado depois de 27 anos preso; e em 1992, acabou oficialmente o mais cruel sistema segregacionista da história, o apartheid.
O fim das leis segregacionista afetou diretamente o futebol. Por influência de Nelson Mandela, brancos e negros que só se enfrentavam em ocasiões especiais e cada um em seu time, uniram-se na Soufh África Football Associativo, e o país foi incluído nos torneios internacionais.
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FUTEBOL E RESISTÊNCIA
Soweto, subúrbio pobre de Johnnesburg, foi o centro de resistência dos negros ao apartheid.
Diante da discriminação, repressão e violência, o futebol criou um novo jeito de protestar: torcer.
A popularidade do "esporte dos negros" incomodava o regime.
Em 2004, a África do Sul foi escolhida para sediar a Copa do Mundo de 2010. Lógico, um país muito diferente daquele que fora banido do torneio por causa do regime de segregação.
A integração do futebol, é o retrato de uma nova África do Sul, de um novo começo.
Essa vitória é do povo sul africano. mas antes de tudo, é de Soweto.
FONTE: ARTIGO DE PAULO PASSOS
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🇿🇦🇿🇦SANDRO LUCAS🇿🇦🇿🇦
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