O período Pré-Peste Negra, os europeus medievais tinham o hábito de lavar-se, tomar banho, eram relativamente limpos.
Com o advento das Cruzadas, o banho tornou-se uma forma de ostentação da nobreza.
A Peste Negra, que dizimou milhões de pessoas no século XIV, subverteu as coisas.
O hábito de andar limpo, de banho tomado,
foi substituído pela imundície.
Hoje sabe-se que a epidemia foi causada por uma bactéria transmitida por pulgas de ratos, roedores oriundos da sujeira.
Mas, naquela época, os médicos achavam que a terrível doença era causada por
miasma, exalação pútrida, que penetravam no organismo não apenas pela respiração, mas através dos poros da pele, abertos, expostos, durante a higienização da pele, ou seja, durante o banho.
Essa genial constatação, tornou o banho inimigo número um dos europeus.
Passou a ser considerado vala aberta para doenças, o caminho mais curto para a cova.
Acreditavam que a camada de sujeira sobre a pele era um escudo que protegia as pessoas de serem contaminadas.
Durante séculos, os europeus foram nuveados pelo fedor que exalava dos seus corpos imundos.
Somente no século XVIII, os médicos passaram a recomendar o banho de mar para tratamento de doenças.
Felizmente, com as noções científicas de higiene, mostrando a relação da sujeira com doenças, que os médicos mudaram radicalmente de opinião:
antes condenavam o banho, a partir daquele momento, passaram a mandar todo mundo tomar banho.
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