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RELATOS DA IGREJA SOBRE A ESCRAVIDÃO.


O envolvimento da Igreja com a escravidão antecede ao tráfico de africanos para o Novo Mundo.
A expulsão dos mouros da Península Ibérica, século xv, inundou a região do Mediterrâneo de cativos capturados pelos cristãos.
Esses escravos eram utilizados nós trabalhos mais árduos e perigosos na Espanha, Itália...

RELATOS SOBRE A ESCRAVIDÃO.

"Para trazer bem tomados e disciplinados os escravos é necessário que o senhor não lhes falte com o castigo, quando eles se desmandam e fazem por onde o merecerem (...) Não é crueldade castigar os servos, quando merecem por seus delitos ser castigados, mas antes é uma das sete obras de misericórdia, que manda castigar os que erram. (...) Haja açoites, haja correntes e grilhões, tudo a seu tempo e com regra e moderação devida; e vereis como em breve fica tomada a rebeldia do servo."
(JESUÍTA BENCI)

"O ócio é a escola onde os escravos aprendem a ser viciosos e ofender a Deus. (...) E como os pretos são em comparação mais hábeis para o gênero de maldades que os brancos, por isso, eles com menos tempo de trabalho saem grandes licenciados do vício na classe do ócio."
(JESUÍTA BENCI)

"Muitos guinéus e outros negros tomados por forças e alguns também trocados por mercancias não proibidas, ou angariados por qualquer outro legítimo contrato de compra, foram levados para os vossos reinos (Portugal e Algarve), onde um grande número deles foi convertido à Fé Católica, esperando que com a clemência divina (...) pelo menos se salvem em Cristo muitas de suas almas."
(PAPA NICOLAU V, 1452)

"Nunca consideramos  este tráfico ilícito. Os padres do Brasil também não, e sempre houve naquela província padres eminentes pelo seu saber. Assim, tanto nós como os padres do Brasil compramos (...) escravos sem escrúpulos. (...) Na América, todo escrúpulo é fora de propósito."
(PADRE LUÍS BRANDÃO, 1611)

A Igreja reconhecia que os escravos tinham uma alma imortal que deveria ser salva mediante a administração dos sacramentos. Reconhecia os sofrimentos dos cativos, entretanto, até o final do século XIX, com raras opiniões isoladas, ela nunca se pronunciou oficialmente e de forma inequívoca contra a escravidão.
Na verdade, a Igreja era o carinho na consciência da sociedade escravocrata.

SANDRO LUCAS HISTÓRIA

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